Foto: Michael Dantas/AFP
A luta contra o fogo na Amazônia parece não ter fim para quem atua, há anos, no combate direto, como é o caso dos voluntários da Brigada de Álter —em referência ao distrito de Alter do Chão, em Santarém (PA).
Eles enfrentaram em 2023, junto a uma força-tarefa nacional, o aumento de incêndios florestais na região conhecida como Baixo Tapajós, no oeste do Pará. E agora se preparam para mais um ano difícil.
Durante a seca histórica do ano passado, as chamas se espalharam pela vegetação nativa mesmo em áreas não associadas ao desmatamento —historicamente, os problemas andam juntos, pois o fogo é usado para abrir pastagem depois da derrubada de árvores. Para complicar ainda mais o combate às queimadas, os rios da região tiveram níveis recordes de baixa, deixando inacessíveis vilarejos de indígenas e de ribeirinhos.
Neste ano, esse quadro tende a se repetir —até mesmo a piorar. Considerando a quantidade de focos de calor de 1º de janeiro até a última sexta (26), a amazônia vive seu pior cenário de fogo em duas décadas. O número (21.221) é o mais alto desde 2005, de acordo com o programa BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Folha de S. Paulo
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