Dez! A nota é dez! O clima tenso na hora de abrir os envelopes e
anunciar, nota por nota, cada quesito das escolas de samba na
Quarta-Feira de Cinzas envolve o trabalho criterioso de 36 julgadores,
que são previamente treinados pela Liga Independente das Escola de Samba
do Rio de Janeiro (Liesa) e se comprometem a manter o sigilo sobre as
notas.
De acordo com a Liesa, eles são indicados pessoalmente pelo
presidente da liga e todos ficam nas cabines de julgamento, sem contato
com outras pessoas, onde permanecem durante todo o desfile, nos dois
dias, e não podem fazer uso de telefone, rádio ou televisão. São quatro
cabines, cada uma com um juiz para cada quesito.
Cada juiz fica encarregado de apenas um quesito e não pode dar a sua
nota influenciado por outras partes do desfile. Por ser um julgamento de
expressões artísticas, o trabalho é subjetivo, porém deve ser isento de
emoções e manter o distanciamento crítico, inclusive das reações do
público e de comentaristas.
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