sexta-feira, 30 de março de 2012

Defesa Apela e Ministério Público quer aumento de pena para os Thies


De Nadjara Martins, especial para o Diário de Natal
 
A juíza Cinthia Cibele, responsável pelo julgamento do caso Thies, terá até a próxima terça-feira, 3 de abril, para apresentar razões que serviram de base para sua decisão sobre o caso. A apresentação será em resposta ao recurso utilizado pelo advogado da defesa, Ávaro Filgueira, na última terça-feira, 27. O advogado apresentou uma petição de apelação - recurso que só pode ser utilizado uma vez pela defesa-, alegando que a sentença que condenou Andrei Thies e seus pais - Mariana e Amilton - pelo assassinato de Andréia Rosângela Rodrigues, ex-esposa de Andrei, foi pouco técnica e influenciada por fatores externos.

De acordo com o advogado, a apelação é feita para a sentença dos três acusados. Para a sentença de Andrei, a defesa alega a tese da "violência sobre emoção". "Esta foi uma tese que apresentei durante o julgamento, mas que foi ignorada pelo júri. No caso, alego que Andrei reagiu pela emoção devido a uma provocação da vítima", afirma.

Quanto aos pais deAndrei, o advogado reitera que não houve prova técnica que comprovasse a participação de Amilton e, principalmente, de Mariana Thies na participação do crime e da ocultação do cadáver. "O júri se mostrava claramente contra os réus. Nós pediremos a caçassão da sentença, pois acreditamos que o caso foi contaminado tanto pela cobertura da imprensa, quanto por pressão social", explicou.

MP

Porém, o Ministério Público já formalizou que também decidiu recorrer à sentença, solicitando o aumento da pena dos três acusados. Para o advogado da defesa, a ação do Ministério Público é falha: "Nós não estamos recorrendo à pena decidida pela juíza, e sim à análise dos jurados", comenta. Depois de analisar, a juíza apresentará os autos ao Tribunal de Justiça (TJ) para apreciação. A defesa se mostra confiante. "Temos a convicção de que o tribunal vai anular a sentença", garante.

Enquanto espera o resultado da apelação, Andrei Thies permanece na carceragem da Base Aérea de Natal (Bant), até que o processo seja declarado transitado em julgado, ou seja, sem possibilidade de recurso. Mariana Thies está na ala feminina do Complexo Penal João Chaves e Amilton continua no Presídio Provisório Raimundo Nonato, aguardando ser transferido para outra unidade.

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