A escolha do piso - concreto, asfalto, areia, grama ou esteira - é essencial para otimizar os treinos e melhorar o rendimento. Conheça os prós e os contras de cada tipo de superfície
Caminhar ou correr são atividades que melhoram o condicionamento cardiovascular e ajudam a enxugar os quilinhos a mais. No entanto, o corpo humano não foi feito para correr quilômetros em superfícies concretas, sendo ideal realizar essas atividades em superfícies naturais como terra e grama, uma vez que o corpo sofre menos impactos.
O piso de concreto não tem amortecimento e pode acarretar em uma série de lesões. Apesar de nem sempre ser possível encontrar uma boa grama (sem tantos buracos) ou condições climáticas que ajudem, considerando que a terra batida, após uma chuva, vira uma lama escorregadia, é preciso optar pelo que estiver disponível (na maioria das vezes, o asfalto), para não quebrar a rotina de treinos.
Força de aterrissagem
Segundo o coordenador da Pós-Graduação em Fisioterapia Esportiva da Universidade de Fortaleza (Unifor), Paulo Henrique Palácio, correr em diferentes terrenos otimiza os treinos e melhora o rendimento, mas deve-se atentar para dois aspectos: o impacto (força de reação do solo) e os ajustes neuromusculares para absorver e dissipar esses choques no terreno.
"A força de aterrissagem no concreto, que pode ser de três a quatro vezes o peso do corpo, afeta muito mais as articulações que uma superfície macia como a grama ou a terra batida", pontua a professora do curso de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), Edina de Camargo. Detalhe: a alternância deve ser programada conforme a necessidade de cada um, sempre sob a orientação de um educador físico.
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