Ida do delegado Odilon Teodósio a um motel com menor não existiu, diz MP.
Segundo investigação, cena que foi ao ar em programa de TV foi simulada.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte recebeu uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual
contra um cinegrafista, dois policiais civis e mais uma jovem, hoje com
19 anos, suspeitos de terem forjado uma situação de crime contra o
delegado Odilon Teodósio dos Santos Filho, na qual ele teria utilizado
um carro da Polícia Civil para levar a garota, na época ainda
adolescente, para jantar em um restaurante e depois para um motel de
Natal. A denúncia contra o delegado foi exibida em um programa de
televisão no dia 21 de janeiro de 2014.
Ainda de acordo com o MP, a investigação comprovou que a suposta ida do
delegado ao restaurante e ao motel acompanhado da menor “não existiu no
dia mencionado na reportagem”, e que “a cena exibida foi uma simulação
levada a efeito pelos réus”.
Os suspeitos foram denunciados pelos crimes de falsidade ideológica,
denunciação caluniosa, falso testemunho e usurpação de função publica.
O caso
Após a exibição da reportagem, a Corregedoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte deram início a uma investigação para apurar a denúncia de improbidade administrativa por parte do delegado. Procurado pelo G1, Odilon Teodósio limitou-se a dizer que a denúncia era falsa.
Após a exibição da reportagem, a Corregedoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte deram início a uma investigação para apurar a denúncia de improbidade administrativa por parte do delegado. Procurado pelo G1, Odilon Teodósio limitou-se a dizer que a denúncia era falsa.
Além de Odilon, o adjunto dele, Alexandro Gomes dos Santos, também foi
afastado do cargo. Ele foi filmado usando o carro da polícia para ir a
uma faculdade particular de Natal onde é professor.
À época, o então delegado-geral adjunto de Polícia Civil, Adson Kepler
Monteiro Maia, disse que os dois delegados pediram afastamento dos
cargos. "Eles solicitaram para deixar as funções que ocupavam para
garantir a lisura das investigações", afirmou.
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