A chuva que chegou ao Seridó na madrugada de ontem (5) é um
indicativo da aproximação da Zona de Convergência sobre o Rio Grande do
Norte. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), o
fenômeno atua sobre o Ceará e o estado desde o início da semana,
proporcionando a formação de instabilidade. As precipitações ocorreram
nas zonas urbana e rural de Caicó, em Serra Negra do Norte, Currais
Novos e Timbaúba dos Batistas, com registro de até 100 milímetros.
A zona de convergência é um sistema meteorológico formado do encontro
entre ventos alísios do norte e sul. Esses ventos sobem e permitem a
concentração de nuvens sobre o local. De acordo com o o chefe do setor
de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, é possível que as chuvas
continuem até o final de semana.
“Zona de Convergência é onde convergem os ventos alísios de baixa pressão, que sobem e criam instabilidade. A zona já se formou e tem 400 km, mas esta posicionado acima do Ceará. Isso que está atuando no Seridó já é convergência, é possível que ela venha logo”, indica Bristot.
“Zona de Convergência é onde convergem os ventos alísios de baixa pressão, que sobem e criam instabilidade. A zona já se formou e tem 400 km, mas esta posicionado acima do Ceará. Isso que está atuando no Seridó já é convergência, é possível que ela venha logo”, indica Bristot.
Na manhã desta quinta-feira, a Emparn realizou um encontro em Caicó
com novas previsões para o inverno no Rio Grande do Norte. Contrariando
as previsões do último encontro de meteorologistas do Nordeste, em
janeiro, que classificou o inverno na região como “abaixo do normal”,
mudanças na temperatura do Atlântico Sul dão novas perspectivas ao
cenário.
“A mudança foi na temperatura do oceano Atlântico Sul. Até dezembro, o Atlântico Sul estava mais frio do que o Norte. Mas em janeiro identificamos que ele esquentou. Está com 27,5 ºC, enquanto que o Norte tem 26º. É importante que, em março, ele esteja mais quente, pois isso influencia na umidade e na formação de ventos quentes. Tem sempre que ter vento vertical mais forte que o zonal, se não o sistema de precipitação que estava se formando é levado para longe”, explicou Bristot.
“A mudança foi na temperatura do oceano Atlântico Sul. Até dezembro, o Atlântico Sul estava mais frio do que o Norte. Mas em janeiro identificamos que ele esquentou. Está com 27,5 ºC, enquanto que o Norte tem 26º. É importante que, em março, ele esteja mais quente, pois isso influencia na umidade e na formação de ventos quentes. Tem sempre que ter vento vertical mais forte que o zonal, se não o sistema de precipitação que estava se formando é levado para longe”, explicou Bristot.
O aumento da temperatura, segundo Bristot, pode durar até três meses.
“O Atlântico Sul armazena o calor por até três meses. Começa a
esquentar em dezembro e se encerra em março”, acrescenta. No dia 19 de
fevereiro, ocorrerá a segunda reunião de Análise e Previsão Climática
para o Semiarido do Nordeste , que definirá um novo prognóstico para a o
inverno.
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