segunda-feira, 12 de setembro de 2016

(Paralimpíada do Rio): Etíope cego faz protesto político e diz que pode ser morto se voltar ao seu país

CsK4jTsWYAAC-fZTamiru Demisse, da Etiópia, faz um gesto de protesto na Paralimpíada do Rio. O atleta disputou a 1.500 metros da classe T13 (deficiente visual) – AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA
O etíope Tamiru Demisse, de 22 anos, aproveitou sua participação na Paralimpíada do Rio para fazer um ato político. E repetiu o gesto que já tinha causado polêmica durante a Olimpíada, em agosto (na ocasião, o maratonista Feyisa Lilesa, medalha de prata, denunciou a viollência do governo da Etiópia contra sua etnia). Ao fim da prova dos 1.500 metros da classe T13 (deficiente visual), no Engenhão, e também na premiação, Demisse, que também conquistou a prata, cruzou os punhos no alto, exatamente como tinha feito Lilesa.
A Etiópia não tem liberdade. Sou contra o que estão fazendo com meu país, milhões de pessoas são contra o governo. Eu não vou voltar para lá, porque se eu voltar, serei morto. Quero ir para os Estados Unidos – contou aos jornalistas que estavam na zona mista.
Os argumentos são idênticos aos de Lilesa. O maratonista deixou mulher e filhos e se escondeu no Brasil assim que terminou a Olimpíada. Ele também quer se asilar nos Estados Unidos, onde pretende viver e treinar.

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