As obras da Transposição de Águas do Rio São Francisco precisam ser vigiadas com deveras atenção
As poucas chuvas caídas no Ceará até aqui, não recarregaram os nossos açudes como gostaríamos tivesse ocorrido e, pior ainda, serviram para engabelar parte da população beneficiada, temporariamente, com o insignificante inverno, motivando o arrefecimento das poucas cobranças feitas aos governantes responsáveis pela solução de um gravíssimo problema chamado de falta de garantia hídrica para todas as necessidades de produção de alimentos, de bens e serviços, e, em especial, para o consumo humano.
A água acumulada nos reservatórios, oficialmente monitorados pelo Dnocs e a Cogerh, só garante a satisfação de uma parte da população cearense, sem exageros, por um curto e
spaço de tempo. O quadro, ao lado, mostra como eles estavam na última sexta-feira. Os números de hoje já outros, um pouco menor ainda.
O quadro real, já preocupante para o mais otimista ser humano, se torna deveras ameaçador quando são assimilados os efeitos de recente afirmação do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, de estarmos "vivendo uma restrição fiscal e contingenciando vários programas, o PAC inclusive", onde, para deixar os nordestinos mais inquietos ainda, estão alocados os recursos para as obras de Transposição de Águas do Rio São Francisco, um investimento capaz de minimizar muitos dos nossos problemas causados pela falta de água. Mais delonga nessa construção implica em alastrar a miséria entre os cearenses dependentes da agricultura, da agropecuária e da utilização do líquido para as mínimas necessidades do seu dia a dia.
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