O IHA (Índice de Homicídios na Adolescência), estudo divulgado nesta
quarta-feira (28) e produzido com base em dados de 2012, estima que mais
de 42 mil adolescentes de 12 a 18 anos correm risco de serem
assassinados nos municípios brasileiros com mais de cem mil habitantes.
A projeção diz respeito ao período entre 2013 e 2019. Isso significa
que, para cada grupo de mil pessoas com 12 anos completos em 2012, 3,32
devem morrer antes de completarem 19 anos. A taxa é de 2012 e é a pior
desde 2005 –o aumento em relação a 2011, quando o IHA estava em 2,84,
foi de 17%. A tendência é que, de lá para cá, a situação tenha se
agravado.
O levantamento foi feito por meio de uma parceria entre a Unicef, a
SDH (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), a ONG
Observatório de Favelas e o LAV-Uerj (Laboratório de Análise da
Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
O estudo mostra ainda que a região Nordeste apresenta maior
incidência de violência letal contra adolescentes, com um índice de
5,97. Em contrapartida, o Sudeste possui o menor valor, com uma perda de
2,25 jovens a cada mil. Entre as capitais, as cinco mais violentas para
os adolescentes são: Fortaleza, Maceió, Salvador, João Pessoa e Belém.
São Paulo tem índice de 1,62 (em cada mil) e o Rio de Janeiro, 2,06.
De acordo com o IHA, os homicídios representavam, em 2012, 36,5% das
causas de morte dos adolescentes no país. Já em relação à população
total, a proporção correspondia a 4,8%.
Para a elaboração do estudo, foram analisados 288 municípios com mais
de cem mil habitantes. Os pesquisadores utilizaram dados dos Censos
2000 e 2010, do IBGE, e do Sistema de Informações sobre Mortalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário