Detentos reclamam das condições de alimentação e chegam a falar em torturas.
Foto: Sérgio Costa / Portal BO
Familiares
de presos que estão no Presídio Rogério Coutinho Madruga entregaram uma
pauta de reivindicações para que eles, assim como detentos de outras
unidades prisionais do Estado, encerrem uma greve de fome iniciada nesta
segunda-feira (1º). Nela, os presos reclamam das condições de
alimentação e falam em torturas sofridas dentro da unidade. A carta tem
sete tópicos e foi entregue a advogada Magda Martins.
“Em breve, todo o Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte estará
iniciando uma greve de fome por tempo indeterminado, tendo como
reivindicação a exoneração do diretor Osvaldo Júnior. Caso essa
reivindicação não seja atendida, o que é uma rebelião pacífica pode se
tornar em um caos no Sistema Prisional, o que não queremos que
aconteça”, escreveram os presos.
Osvaldo Rossato Júnior é o diretor do Presídio Rogério Coutinho
Madruga, também conhecido como Pavilhão 5 de Alcaçuz. Os presos alegam
que estão sofrendo “degradação humana e maus tratos”, inclusive, com
“conivência da administradora do Sistema Penitenciário, Dinorá Simas”.
“Somo conscientes dos nossos erros e apenas queremos pagar nossas
penas de forma digna e humana, como manda a LEP (Lei de Execuções
Penais)”, destaca a carta. Nos tópicos do material elaborado pelos
presos, eles solicitam um dia da semana para visita intima e um dia para
visita social, bem como falam em espancamentos e torturas sofridas
pelos presos e constrangimentos sofridos pelos familiares durante
revistas.
A greve de fome dos presos foi deflagrada em várias unidades do Rio Grande do Norte, sendo praticada por mais de 2 mil detentos.
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